Entre quarteirões, ribeiras e igarapés: resistência escrava, fronteiras e espacialidades afro-amazônicas (c.1850-c.1880).
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.16.2014.1512Resumo
Neste artigo analisa-se as relações entre a construção de espaços e territórios com base nas experiências de fugitivos escravos, mocambeiros e comunidades quilombolas no processo de resistência à escravidão no Amazonas. Os diversos enfrentamentos no cotidiano da escravidão, envolvendo diferentes sujeitos sociais, está atrelado à definição de fronteiras sociais e espaciais na região. Argumenta-se, assim, que os fugitivos forjaram, nos seus próprios termos, outros limites para as fronteiras nacionais e para os espaços urbanos, na contramão das delimitações impostas pelas políticas de elites e de governos dos Estados Nacionais. Por fim, objetiva, ainda, contribuir para retirar o véu de invisibilidade social que ainda hoje atinge as comunidades remanescentes de quilombo no Amazonas.
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