Colonialidade, raça e mestiçagem no ensaísmo sobre a América Latina no século XX: pensando alternativas ao "universalismo excludente"
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.17.2014.2150Resumo
Resumo
O presente artigo busca realizar um mapeamento de parte da produção da teoria crítica contemporânea, na América Latina, a respeito do caráter eminentemente colonial da construção do conhecimento no (e sobre o) continente. A partir daí, analisam-se os mecanismos políticos e epistemológicos a partir dos quais esse tipo de conhecimento eurocêntrico se estruturou historicamente, destacando a construção do vocabulário racial. Investigo, em seguida, os antecedentes dessa denúncia da vinculação do conhecimento continental aos moldes europeus, recuperando o ensaísmo mexicano do início do século XX, que pretende reinventar a ideia de raça a partir da positivação da mestiçagem – notadamente a obra La raza cósmica: misión de la raza iberoamericana (1926), de José Vasconcelos. Finalizo com uma reflexão sobre a persistência da colonialidade em parte dos mesmos discursos que pretendiam superá-la.
Palavras-chave: colonialidade; mestiçagem; raça cósmica.
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