Polêmicas e discussões no interior do movimento anarquista uruguaio sobre a natureza e os rumos da Revolução Russa entre 1918-1919
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.025.2018.3056Resumo
O anarquismo era a principal corrente do movimento operário-social no Uruguai de fins da década de 1910. Os anarquistas uruguaios estavam divididos em duas correntes principais: os anarco-comunistas e os anarco-individualistas. Desde o início, os dois grupos interpretaram a Revolução Russa de 1917 de maneira díspar. Os primeiros acreditavam que a tomada do poder pelos bolcheviques era o primeiro passo em direção ao estabelecimento da sociedade anarquista, ao passo que os últimos julgavam que os princípios que guiavam os revolucionários russos eram incompatíveis com esse objetivo. A partir de 1918, as discrepâncias entre a interpretação das duas correntes aumentaram a medida que as ações tomadas pelos bolcheviques pareciam se afastar cada vez mais do ideário anarquista. O objetivo deste artigo é apresentar as polêmicas e discussões que tiveram lugar no interior do movimento anarquista uruguaio sobre a natureza e os rumos da Revolução Russa entre 1918-1919. Devido à proeminência do anarquismo no movimento operário-social uruguaio do período, o recrudescimento das discordâncias afetou não só as correntes anarquistas, mas todo o movimento operário-social do país à época.
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Referências
Fontes documentais
EL HOMBRE (1917-1919)
LA BATALLA (1917-1919)
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