A história de um presente: O discurso intelectual sobre o passado em Nexos e Vuelta na transição democrática mexicana (1982-1992)
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.29.2020.3912Palavras-chave:
Transição democrática mexicana, Revistas culturais, IntelectuaisResumo
Este trabalho dedica-se a explorar os discursos sobre o passado em Nexos e Vuelta, as duas maiores publicações culturais no contexto da transição democrática mexicana, nas décadas de 1980 e 1990. Os grupos intelectuais reunidos em torno dessas revistas culturais fomentaram discussões sobre sua conjuntura política por meio de temas históricos e visões sobre o passado mexicano, o que levou a debates em torno da “história oficial” e da revisão historiográfica empreendida nas últimas décadas do século XX no México. A partir da história intelectual como marco teórico, o artigo analisa textos de três historiadores renomados e ligados àquelas revistas: Héctor Aguilar Camín, Enrique Florescano e Enrique Krauze. Deste modo, examina-se as relações estabelecidas entre narrativas históricas e projetos políticos nos discursos intelectuais, enfatizando o uso do histórico como forma de crítica ao sistema político mexicano, então dominado pelo PRI.
Downloads
Referências
ALTAMIRANO, Carlos e Jorge Myers. Historia de los intelectuales en América Latina. Buenos Aires; Madrid: Katz Editores, 2008.
ARAUJO PARDO, Alejandro. Guillermo Bonfil Batalla. Mexico Profundo (1987). In: Illades, Carlos e Rodolfo Suárez (org.). México como problema: esbozo de una historia intelectual, p. 343–363. México: Siglo Veintiuno Editores, 2012.
BABB, Sarah. Proyecto: México. Los economistas del nacionalismo al neoliberalismo. México: FCE, 2003.
CABALLERO ESCORCIA, Boris. Hegemonía cultural disputada en México. Las revistas Nexos y Vuelta enfrentadas (1990-1992). Anuario de Historia Regional y de Las Fronteras, vol. 25, n. 2, p. 149–186, 2020. https://doi.org/10.18273/revanu.v25n2-2020006
CAMP, Roderic A. Intellectuals: Agents of Change in Mexico? Journal of Interamerican Studies and World Affairs, vol. 23, n. 3, p. 297-320, 1981. https://doi.org/10.2307/165549
__________. An Image of Mexican Intellectuals, Some Preliminary Observations. Mexican Studies/Estudios Mexicanos, vol. 1, n. 1, p. 61–82, 1985a. https://doi.org/10.2307/1051980
_______________. Intellectuals and the State in Twentieth-Century Mexico. Austin: University of Texas Press, 1985b.
_______________. The Revolution’s Second Generation: The Miracle, 1946-1982 and Collapse of the PRI, 1982-2000. In: Beezley, William (org.). A Companion to Mexican History and Culture, pp. 468–79. Wiley-Blackwell, 2011.
CLAVIJO, Fernando e Susana Valdivieso. Reformas estructurales y política macroeconómica. In: Clavijo, F. (org.). Reformas Económicas En México, 1982-1999. México: FCE; CEPAL, 2000.
CONCHEIRO, Luciano, Ana Sofía Rodríguez e Álvaro Ruiz Rodilla. Las décadas de Nexos (1978-1997) - Tomo I e II. México: FCE, 2018.
CRESPO, Regina. Revistas culturais e literárias latino-americanas: objetos de pesquisa, fontes de conhecimento histórico e cultural. In: Franco, S. e M. A. Junqueira (org.). Cadernos de Seminários de Pesquisa, p. 98-115. São Paulo: Usp/Humanitas, 2011.
FLORES, Malva. Un cuartel general hispanoamericano. Inicio y consolidación de la revista Vuelta (1976-1998). In: Crespo, R. (org.). Revistas en América Latina: proyectos literarios, políticos y culturales, p. 503-536. México: UNAM/Eón, 2010.
GALLEGOS CRUZ, Cristhian. La escritura de la democracia: un estudio sobre las transformaciones de lo político y los discursos intelectuales en las revistas Vuelta y Nexos (1976-2000). Dissertação de mestrado. Instituto Mora, México, 2018.
GAWRONSKI, Vincent T. The Revolution Is Dead. ¡Viva La Revolución!: The Place of the Mexican Revolution in the Era of Globalization. Mexican Studies/Estudios Mexicanos, vol. 18, n. 2, p. 363-397, 2002. https://doi.org/10.1525/msem.2002.18.2.363
GIL, Antonio Carlos Amador. As ciências sociais ao serviço do colonialismo? A antropologia aplicada, o auge do indigenismo e sua crise no México da segunda metade do século XX. Dimensões, vol. 29, p. 309-332, 2012. http://periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/5410
GREAVES, Cecilia. La Secretaría de Educación Pública y la lectura, 1960-1985. In: Historia de la lectura en México, editado por Seminario de Historia de la Educación de México. México: El Colegio de México, 1997. https://doi.org/10.2307/j.ctv3dnrj8.11
ILLADES, Carlos. El marxismo en México: una historia intelectual. México: Taurus, 2018.
LOMNITZ, Claudio. An Intellectual’s Stock in the Factory of Mexico’s Ruins. American Journal of Sociology, vol. 103, n. 4, p. 1052–65, 1998. https://doi.org/10.1086/231298
_______________. Narrating the Neoliberal Moment: History, Journalism, Historicity. Public Culture, vol. 20, n. 1, p. 39–56, 2008. https://doi.org/10.1215/08992363-2007-015
MATUTE, Álvaro. La historia en México (1984-2004). Mexican Studies/Estudios Mexicanos, vol. 20, n. 2, p. 327-342, 2004. https://doi.org/10.1525/msem.2004.20.2.327
_______________. Aproximaciones a la historiografía de la Revolución Mexicana. México: UNAM, 2005.
MYERS, Jorge. Músicas distantes. Algumas notas sobre a história intelectual hoje: horizontes velhos e novos, perspectivas que se abrem. In: Sá, Maria Elisa Noronha (org.). História intelectual latino-americana: itinerários, debates e perspectivas, Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2016.
O’TOOLE, Gavin. The Reinvention of Mexico: National Ideology in a Neoliberal Era. Liverpool University Press, 2010.
ORNELAS, Carlos. El sistema educativo mexicano: la transición de fin de siglo. México: FCE, 2016.
POCOCK, John G. A. Linguagens do Ideário Político. São Paulo: Edusp, 2003.
RODRÍGUEZ KURI, Ariel. Challenges, Political Oposition, Economic Disaster, Natural Disaster and Democratization, 1968 to 2000. In: Beezley, William (org.). A Companion to Mexican History and Culture, p. 493–504. Wiley-Blackwell, 2011.
ROUSSEAU, Isabelle. México ¿Una Revolución Silenciosa? Élites gubernamentales y proyecto de modernización, (1970-1995). México: El Colegio de México, 2001. https://doi.org/10.2307/j.ctv3dnrkr
SALAZAR CARRIÓN, Luis. Enrique Krauze. Por Una Democracia Sin Adjetivos (1983). In: Illades, Carlos e Rodolfo Suárez (org.). México como problema: esbozo de una historia intelectual, p. 155–167. México: Siglo Veintiuno Editores, 2012.
SALMERÓN SANGINÉS, Pedro e Pablo Serrano Álvarez. El auge de la historiografía política regionalista en México, Revisionismo y análisis político, 1968-2000. Secuencia, n. 57, p. 183-200, 2003. http://dx.doi.org/10.18234/secuencia.v0i57.829
SÁNCHEZ PRADO, Ignacio M. The Democratic Dogma: Héctor Aguilar Camín, Jorge G. Castañeda, and Enrique Krauze in the Neoliberal Crucible. In: Castillo, D. e Stuart A. Day. Mexican Public Intellectuals, p. 15–44. New York: Palgrave Macmillan, 2014.
SHEPPARD, Randal. A Persistent Revolution: History, Nationalism, and Politics in Mexico since 1968. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2016.
SOARES, Gabriela Pellegrino. Semear horizontes: uma história da formação de leitores na Argentina e no Brasil, 1915-1954. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
SOARES, Gabriela Pellegrino. Letramento e mediações culturais em ‘pueblos’ indígenas do centro-sul do México no século XIX. História Revista, vol. 15, n. 1, p. 97–118, 2010. https://doi.org/10.5216/hr.v15i1.10821
VARGAS ESCOBAR, Natalia. La historia de México en los libros de texto gratuito: Evidencia de las transformaciones en los modelos de integración nacional. Revista Mexicana de Investigación Educativa, vol. 16, n. 49, p. 489-523, 2010. http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1405-66662011000200008
WOLDENBERG, José. Historia Mínima de La Transición Democrática En México. México: El Colegio de México, 2012.
Downloads
Publicado
Versões
- 2020-12-16 (2)
- 2020-12-16 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
a. Cessão de direitos autorais
Venho, por meio desta, ceder em caráter definitivo os direitos autorais do artigo "____________", de minha autoria, à Revista Eletrônica da ANPHLAC e afirmo estar ciente de que estou sujeito às penalidades da Lei de Direitos Autorais (Nº9609, de 19/02/98) no caso de sua infração. Autorizo a Revista Eletrônica da ANPHLAC a publicar a referida colaboração em meio digital, sem implicância de pagamento de direitosautorais ou taxas aos autores.
b. Declaração de ineditismo e autoria
Atesto que o artigo ora submetido à Revista Eletrônica da ANPHLAC, intitulado "________________________", de minha autoria, nunca foi publicado anteriormente, na íntegra ou em partes, dentro do país. Vindo a ser publicado na Revista Eletrônica da ANPHLAC, comprometo-me a não republicá-lo em qualquer outro veículo editorial.