"O marinheiro é a crisálida do diplomata”:
a atuação do Vice-Almirante Tamandaré no caso do trânsito do Ministro dos Estados Unidos da América Charles A. Washburn na Guerra da Tríplice Aliança.
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.37.2024.4185Palavras-chave:
Joaquim Marques Lisboa, Charles Washburn, Guerra da Triplice AliançaResumo
Propõe-se uma análise sobre a atuação política do Vice-Almirante Joaquim Marques Lisboa (1807-1897), Comandante em Chefe das Forças Navais Aliadas na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), no caso do livre trânsito do Ministro dos Estados Unidos da América Charles Ames Washburn (1822-1889) a Assunção durante as operações militares no rio Paraguai. A partir deste estudo de caso, vislumbra-se fornecer subsídios para compreender questões tais como a Marinha de Guerra como uma força versátil cujos oficiais atuavam, simultaneamente, como agentes de violência e agentes diplomáticos. Por consequência, demonstrar como foi estratégico para o Estado brasileiro o emprego da “diplomacia das canhoneiras” para obtenção de outros interesses imbuídos no âmago da guerra. Ademais, fornecer subsídios para identificar, na complexidade da maior guerra da América do Sul, as controvérsias que se sobrepuseram ao conflito principal, formando uma teia de diplomatas, além dos beligerantes, que almejavam defender seus interesses na região.
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